(Marcos não teóricos e não necessariamente institucionais)
Para Maia (2006) a história da Arquivologia no país começa com a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808. A criação do Arquivo Público do Império teria implicado no desenvolvimento de técnicas de conservação do vasto acervo documental até então produzido e a se constituir.
1838 – Criação do Arquivo Nacional. No século XIX, com a criação do Arquivo Nacional, em 1838, reconhece-se um marco histórico importante para essas práticas. A função de arquivista já era assim denominada desde o século XIX em órgãos como o Exército e a Secretaria de Negócios de Instrução Pública, Correios e Telégrafos.
1911 – A missão do Arquivo Nacional é realmente definida por regulamento, no mesmo ano em que foi instituído o Curso de Diplomática na instituição.
O Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP foi criado em 1938 com a finalidade de equipar o Estado com racionalidade administrativa.
1943 – Curso Avulso de Preparação de Pessoal para Organizações de Serviços, do DASP.
1947 – Curso de Arquivologia e Administração de Documentos, da FGV.
1958-1964 – Gestão inovadora do historiador Jose Honório Rodrigues no Arquivo Nacional (1958-1964).
1960 – Em 1960, concretamente, o Arquivo Nacional estabeleceu uma ação regular de ensino em Arquivologia, o Curso Permanente de Arquivos – CPA com dois anos de duração.
1970 – em 15 de dezembro de 1970, foi fundada a Associação de Pesquisa Histórica e Arquivística – APHA, na sala de conferência do Arquivo Nacional.
1971 – Criação da Associação dos Arquivistas Brasileiros
O aluno formado pelo CPA em 1965, José Pedro Esposel, também bacharel em Direito, Geografia e História, chefe do arquivo do Banco Central no Rio de Janeiro, tornou-se a liderança central na criação da Associação dos Arquivistas Brasileiros – AAB, em 20 de outubro de 1971.
1972 – Autorização do curso de Arquivologia pelo Conselho Federal de Educação.
1973 – Primeiro Congresso Brasileiro de Arquivologia.
1973 – Mandato universitário concedido pela UFRJ ao curso do Arquivo Nacional. Acordo entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Arquivo Nacional para validar o nível superior dos diplomas do Curso Permanente de Arquivo, conferindo status universitário ao ensino profissional ministrado de maneira regular há mais de 10 anos.
1977 – Incorporação do curso do Arquivo Nacional pela atual Unirio.
1978 – Regulamentação da profissão de arquivista no país.
1980 a 1990 – gestão da socióloga Celina Vargas do Amaral Peixoto no Arquivo Nacional.
década de 1980: Desmobilização do movimento associativo unificado.
1991 – O país passou a contar com uma lei federal que legalizou a organização e a função das instituições e dos serviços arquivísticos públicos nas diferentes esferas de governo.
Década de 1990 – O número de cursos de Arquivologia no país dobrou. Momento de consolidação do espaço da universidade. Perda de liderança da AAB. desmobilização das instituições arquivísticas, inclusive do Arquivo Nacional. Falência do tipo nacional de associativismo, dando lugar a associações regionais.
2003 – Decreto presidencial que instituiu o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo – SIGA.
2006 – Promoção de ações integradas no campo arquivístico. Criação da Executiva Nacional das Associações Regionais de Arquivologia – ENARA.
2007 – AAB cria o Fórum das Associações Profissionais de Arquivologia para reunir entidades que atuam no âmbito dos arquivos, sem prejuízo de suas respectivas autonomias.
2008 – Fundação do Sindicato Nacional dos Arquivistas e Técnicos de Arquivo – SINARQUIVO, visando defender os interesses e os direitos da classe e fiscalizar o exercício ilegal da profissão.