Neste artigo, são apresentadas seis correntes teóricas da ciência da informação: os estudos de natureza matemática (incluindo a recuperação da informação e a bibliometria), a teoria sistêmica, a teoria crítica, as teorias da representação, os estudos em comunicação científica e os estudos de usuários. É analisado o conceito de informação em cada uma destas teorias e identificado como, historicamente, tais teorias contribuíram para consolidar um paradigma positivista para o campo. Por fim, são analisadas contribuições recentes que buscam apontar limitações no conceito de informação deste paradigma e possibilidades de superação a partir de novos conceitos e ideias.

O objetivo do presente trabalho é traçar breves considerações a respeito do Mundaneum, instituição criada de acordo com a visão de Paul Otlet e Henri La Fontaine, que pretendiam organizar a informação com vistas a dispor conhecimento ao alcance de todos. A partir de uma análise documental, intenciona-se abordar aspectos relativos à gênese, percurso histórico e papel desse museu na contemporaneidade. Foi possível evidenciar o difícil percurso dos idealizadores desse projeto e pontuar os desafios enfrentados na busca pela consolidação da importância da proposta de trabalho da referida instituição.

Estudo da obra de Paul Otlet, com ênfase no Princípio Monográfico, uma de suas principais contribuições para a constituição da documentação e da ciência da informação e predecessora da ideia de hipertexto. Sua obra Traité de Documentation: le livre sur le livre: théorie et pratique, publicada em 1934, antecipa muitas das ideias hoje adotadas sobre a organização de redes internacionais de cooperação para tratamento e troca de informações documentadas. Nessa obra, Otlet define o campo da documentação e sistematiza teorias, métodos e técnicas para organizar o conhecimento registrado e distribuí-lo. Revisitar a obra de Otlet é fundamental para compreender muitos aspectos teóricos, metodológicos e epistemológicos que construíram o campo da documentação e da ciência da informação.

Buscando um novo consenso quanto à identidade, questionamos, neste artigo: O que é Ciência de Informação? O que o cientista da Informação faz? As tentativas para responder essas questões são dadas na esperança de estimular a discussão que ajudará a esclarecer a natureza, o campo e o nosso trabalho.

Introdução: Apresenta um panorama da Ciência da Informação em três momentos. Inicialmente, seu surgimento e consolidação na década de 1960, como confluência de vários fatos: a distinção em relação à Arquivologia, à Biblioteconomia e à Museologia; a relação com a Documentação; a ocupação do espaço institucional da Biblioteconomia; as atividades dos primeiros “cientistas da informação”; as tecnologias da informação; e o uso da Teoria Matemática. Objetivo: Analisar a ampliação vivida nas décadas seguintes com o desenvolvimento de subáreas, das caracterizações do campo e da evolução do conceito de informação. Metodologia: Revisão de Literatura. Resultados: São apresentadas as tendências contemporâneas: as sistematizações da área, os três modelos para o estudo da informação e o desafio recente de diálogo com a Arquivologia, a Biblioteconomia e a Museologia. Conclusões: muitos processos e eventos aconteceram no campo da Ciência da Informação nestes últimos 45 anos. Diferentes subáreas foram formadas, conceitos formulados e reformulados, caracterizações problematizadas e discutidas, relações com outros campos de conhecimento tensionadas e concretizadas.

Com o objetivo de contribuir para a superação da equivocidade que envolve o conceito de interdisciplinaridade, começamos por uma proposta de estabilização do sentido da palavra. Num segundo momento, procura-se mostrar que aquilo que explica o carácter recorrente com que o conceito, apesar de equívoco, continua a ser utilizado, é a procura de uma resposta positiva para o fenómeno avassalador da especialização, a tentativa de ultrapassar os graves cultos culturais, institucionais e heurísticos dele decorrentes. Finalmente, defende-se que a interdisciplinaridade é a manifestação de uma transformação epistemológica em curso e apontam-se aquelas que nos parecem ser as suas duas consequências principais: o alargamento do conceito de ciência e a transformação da Universidade.