Mesmo inicialmente desenvolvida com base num Fazer, documentado e difundido por meio de manuais na Europa do final do século XIX, a Arquivologia não se restringe a uma área eminentemente prática e requer princípios que orientem os procedimentos deste Fazer e o fundamentem em termos teóricos. Por tratar-se de uma área de Saber “nova” e, por assim dizer, ainda em processo de elaboração e desenvolvimento, necessita permanentemente revisitar seus pressupostos e estabelecer seu estatuto de ciência. Neste trabalho pretende-se apresentar reflexões em torno do Objeto científico da Arquivologia, com vistas à proposição de que há diferentes definições no âmbito de sua comunidade científica, ou ainda, de seu campo científico, além de investigar a configuração e consequências destas diferenças no campo científico brasileiro. Para fundamentar a pesquisa realizou-se revisão de literatura sobre o Objeto científico na bibliografia da área, discutindo e contextualizando seu delineamento frente à construção histórico-epistemológica da Arquivologia. Considerou-se necessária pesquisa empírica visando identificar as acepções do Objeto no campo científico brasileiro através de entrevistas junto a pesquisadores da área.

Conceitua livro, manual, comunicação científica e divulgação científica, considerando o contexto da bibliografia arquivística no Brasil entre 1960 e 2006. Mapeia quantitativamente a produção, a tradução e a edição de livros sobre Arquivística no Brasil. Estabelece a diferença entre os livros identificados, classificando-os como manuais e não-manuais. Entende que a produção bibliográfica arquivística no Brasil deve ser considerada um elemento importante para se identificar o estágio em que se encontra a construção do conhecimento da disciplina no país.

O presente artigo analisa o contexto, o conteúdo e as principais repercussões provocadas pela Instrução n.14, emitida pelo então ministro do Interior francês, Conde de Duchâtel, em 1841. O texto, considerado basilar para o desenvolvimento da arquivística, fundamenta o princípio de respeito aos fundos, ainda hoje o mais importante preceito para a organização e classificação de arquivos. Para além da análise de conteúdo da instrução, este artigo visa realizar uma espécie de “arqueologia” do princípio referido, contribuindo assim para o debate e a consolidação do pensamento arquivístico.

Este trabalho tem como objetivo principal apresentar a Descrição Arquivística aplicada a documentos em diversos formatos, inclusive o eletrônico, que se constitui, neste momento, em um dos maiores desafios dos profissionais de informação, bibliotecários e arquivistas, que devem propiciar o acesso à informação contida nos documentos arquivísticos em seus meios. Este trabalho é facilitado quando a aplicação da Descrição Arquivística é padronizada seguindo normas específicas. Foram estudadas a Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística [ISAD (G)], a Norma Internacional de Registro de Autoridade Arquivística para Entidades Coletivas, Pessoas e Famílias [ISAAR (CPF)] e outras ações, constituindo em iniciativas para padronizar a aplicação da Descrição Arquivística, que se processa por meio de instrumentos de pesquisa, os quais explicam os documentos de arquivo, quanto à sua gestão, identificação e localização, além de situar o pesquisador quanto ao contexto e o sistema de arquivo que o gerou. A apresentação e disponibilização dos documentos e instrumentos de pesquisa na web se dá por intermédio da aplicação de padrões de metadados, neste caso, é a utilização do Encoded Archival Description (EAD).