Breve análise sobre documento enquanto objeto informacional, objetivando localizá-lo no âmbito estrito da Ciência da Informação. Parte da hipótese de que a noção contemporânea de documento deve ser abordada segundo sua condição de informatividade. Recupera historicamente o conceito de documento, partindo da versão clássica proposta por Paul Otlet e continuada por Suzanne Briet, posteriormente retomada por discípulos franceses e espanhóis. Dentre os pesquisadores franceses, apresenta-se como significativa a contribuição de Jean Meyriat e Robert Escarpit, os quais enfatizam a noção de informação para um conceito de documento que se dá a partir do seu uso. Finaliza sob a consideração de que o documento construído pela Ciência da Informação é, hoje, concebido simultaneamente como instância física e informativa que, sob ações e condições específicas contextualizadas, otimiza a circulação social do conhecimento.

Este artigo objetiva discutir a questão da acessibilidade no âmbito dos estudos de uso da informação arquivística. Apontando os arquivos como importantes unidades de informação e o papel da arquivologia na contemporaneidade, aborda a concepção dos estudos híbridos de uso da informação no contexto arquivístico a partir da definição dos estudos de usuários. Neste contexto, discute a acessibilidade quanto à informação em unidades de informação arquivística por meio do direito à informação; do acesso físico; do acesso às tecnologias da informação e comunicação; e do acesso intelectual. Destaca a iniciativa de arquivos acessíveis na internet. Conclui com a proposta de promoção dos estudos híbridos de uso da informação voltados à questão da inclusão e da acessibilidade, ampliando a abordagem “arquivos direcionados para os usuários”, tratando o acesso à informação arquivística a partir do seu direito instituído.

O estudo trata da difusão em arquivos, abordando a característica de difusão como um ponto de ligação interdisciplinar entre os estudos de informação. Apresenta o conceito de difusão, sua aplicabilidade e a perspectiva no paradigma custodial, patrimonialista, historicista e tecnicista e no paradigma pós-custodial, informacional e científico. Tendo em conta como objeto de estudo a informação orgânica no contexto dos arquivos, lançamos a seguinte problemática: como pode ser ampliada à difusão da informação orgânica contida nos arquivos, levando em consideração as transformações na sociedade da informação e, consequentemente, do profissional da informação? Tem como objetivo contribuir para o estudo da difusão da informação orgânica contida nos arquivos a partir de uma abordagem interdisciplinar. A metodologia baseou-se em revisão bibliográfica na temática de difusão e sua relação com diversas disciplinas, principalmente com a Arquivologia e a Ciência da Informação. Conclui com um conjunto de estratégias que abrange a acessibilidade, transparência, marketing aplicado a unidades de informação, mediação, literacia informacional, estudo de usuários e comportamento informacional.

A ampliação do uso das tecnologias da informação tem provocado a redefinição dos modelos de serviços de informação. Aborda-se a concepção de serviço de informação voltado para o usuário e suas implicações no planejamento e gestão de serviços arquivísticos. Analisa-se a literatura das últimas décadas sobre estudos de usuários em arquivos. A ênfase em estudos de usuários em arquivos tem sido maior nos níveis de satisfação com os serviços fornecidos e menos na identificação das demandas informacionais dos usuários. Os desafios daí resultantes – expansão do uso da informação arquivística e o efetivo diálogo entre arquivistas e usuários – inserem-se no cenário da gestão arquivística, mas também no da pesquisa e formação profissional.

Artigo relata duas conferências, Encontro dos Estudantes de Arquivologia no VII Congresso de Arquivologia do Mercosul, realizado em Viña del Mar, Chile, 23 de novembro de 2007, sobre as responsabilidades éticas e cidadãs na formação do arquivista; Mesa-Redonda o papel social, instrumental e político dos arquivos no Seminário Arquivo, Memória. Fundação Cultural de Santos. Santos, SP, 28 de agosto de 2009. Arquivos são essenciais, ferramentas, cidadanias, direito, historiografia, ações administrativas, técnicas, científicas, pois são provas fundamentais na eficiência da administração pública e privada. Arquivos são instrumentos insubstituíveis para a administração pública/privada, devido ao fato de integrarem os mecanismos de decisão e de ação e, nesse sentido, deveriam ter lugar tanto nas políticas públicas como nas estratégias empresariais no conhecimento práxis.